terça-feira, 10 de maio de 2011

Plano de Aula II


Disciplinas: História e Geografia


1- Objetivo geral:

Compreender os aspectos históricos e geográficos mais relevantes do município em que mora.


2- Objetivo conceitual:

-Explicar de forma abrangente e geral os principais fatos históricos do município em que mora;

- Descrever os principais aspectos geográficos do seu município envolvendo vegetação, relevo, hidrografia, e limites físicos.

- Compreender o processo de construção do seu município dentro de um tempo e de um espaço.


3- Objetivos Procedimentais:

- Demonstrar através de aula expositiva com slide as principais características históricas e geográficas do seu município;

- Representar através de fotografias os aspectos históricos e geográficos mais importantes do seu município;

- Construir um mural com recortes de jornais, fotografias e outros elementos que retratem as características históricas e geográficas do município de Nova Gloria

4- Objetivos atitudinais:

- Conhecer a historia do seu município localizando - a no tempo e no espaço;

- Promover aos educandos, percepção sobre sua realidade demonstrando como os fatores históricos  geográficos influenciam no modo de vida da população;

5- Conteúdos:

- O município de Nova Gloria:

- aspectos

- Fatos mais importantes do cotidiano;

- Local onde os fatos aconteceram: Nascimento, onde mora, onde mora os parentes mais próximos.


6-Recursos:

Slide, fotografias, recortes de jornais.


7-Encaminhamento orientações didáticas:

- Aula expositiva ressaltando os aspectos mais importantes da historia e da Geografia do município de Nova Gloria

- Projeções de slides com fotografias, recortem de jornais e depoimentos que ajudam na identificação da historia do município de Nova Gloria no tempo e no espaço.

-Confeccionar mural;

- Abrir discussões no grupo com direito a perguntas e comentários de todas as crianças.


8-Avaliações:

Verificar se os objetivos propostos foram alcançados ou não através da observação da participação dos alunos nas atividades propostas.


9-Referências:

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História e Geografia. Secretaria de Educação Fundamental. –Brasília: MEC, 1997.

SILVA, Marcos Antonio da. (org). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco zero, 1984.

Plano de Aula - Cristiano

Disciplinas: História e Geografia
1- Objetivo geral:

Compreender a sua historia de vida fazendo a localização temporal e geográfica em que os fatos e fenômenos mais importantes aconteceram;


2- Objetivo conceitual:

-Explicar a sua origem destacando seus ascendentes mais diretos;

- Descrever o objetivo do estudo da história de vida para que o aluno possa construir suas próprias raízes tanto no tempo quanto no espaço.

- Compreender a construção de sua historia ocorre dentro de um tempo e de um espaço.


3- Objetivos Procedimentais:

- Demonstrar através de aula expositiva com slide como construímos nossa historia de vida;

- Representar através de poesia a historia de vida das crianças;

- Construir uma arvore genealógica da família de cada uma;


4- Objetivos atitudinais:

- Conhecer a própria historia localizando - a no tempo e no espaço;

- Promover aos educandos, percepção sobre eles mesmos e sobre situações do cotidiano, através da busca de soluções criativas e imaginativas oferecidas pelo teatro;

- Criar a consciência de que somos quem construímos a historia;


5- Conteúdos:

- História familiar

- Fatos mais importantes do cotidiano;

- Local onde os fatos aconteceram: Nascimento, onde mora, onde mora os parentes mais próximos.


6-Recursos:

Slide, fotografias, dramatização.


7-Encaminhamento orientações didáticas:

- Aula expositiva ressaltando como fazemos a historia.

- projeção de slides com fotografias.

-Dramatizar;

- Abrir discussões no grupo com direito a perguntas e comentários de todos.


8-Avaliações:

Analisar a participação oral, através da discussão final e análise das perguntas levantadas.


9-Referências:

CITELLI, Adilson (Coord.). Aprender e ensinar com textos não escolares. São Paulo: Cortez, 1999. (Aprender a ensinar com textos, 3).

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: História e Geografia. Secretaria de Educação Fundamental. –Brasília: MEC, 1997.

SILVA, Marcos Antonio da. (org). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco zero, 1984.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reflexão sobre Avaliação

Reflexão sobre Avaliação
    Quando se trata de avaliação qualquer conceito a ela atribuído é muito relevante para o desenvolvimento físico e psicológico de qualquer ser humano. imaginemos então uma sala de aula com crianças que teem valores e criações diferentes, o que acontece é que esses fatores não são levados em consideração ao elaborar uma avaliação dos conhecimentos adquiridos no bimestre escolar, mas na verdade esses são os principais direcionamentos de uma criança os valores adquiridos no âmbito familiar, por isso dizemos que a educação quase que num geral valoriza a avaliação quantitativa que é aquela na qual o aluno é comparado aos demais colegas para avaliá-lo na absorção dos conteúdos.
    A avaliação é necessária e inevitável mas quando mal usada, elaborada ou interpretada pode ser pejorativa e causar algum tipo de trauma ou lesão psicológica na criança, com isso fica claro que a melhor maneira de avaliação é a qualitativa que busca valorizar o que cada criança tem de melhor nessa maneira de avaliação não se leva em conta apenas números mas valoriza todo e qualquer conhecimento que o aluno adquiriu em sala.
     Mesmo porque quando se trata de educadores devemos nos informar e conhecer as diferentes formas de aprendizado, pois o aluno pode ser o que chamamos de receptor que é aquele aluno que compreende mas não consegue expressar por escrito o que aprendeu, e como na educação o objetivo é sempre ensinar o aluno alcançou o objetivo por isso ele esta apto a passar para o próximo conteúdo, pois na verdade ele só não consegue expressar o que aprendeu mas ele aprendeu

domingo, 8 de maio de 2011

Tendências Pedagógicas


Plano de Aula - Etapa 4

A importância do Plano de Aula


         O planejamento está presente em quase todas as nossas ações, pois ele norteia a realização das atividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes setores da vida social, tornando-se imprescindível também na atividade docente.
         O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.
          De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. Portanto, o planejamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua metodologia conforme o objetivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações.
       Porém, apesar da grande importância do planejamento de aula, muitos professores optam por aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas vezes as atividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim, compatibilidade com o tempo disponível.
       Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:

       Clareza e objetividade;
       Atualização do plano periodicamente;
       Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
       Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
       Articulação entre a teoria e a prática;
      Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem;
       Sistematização das atividades com o tempo;
       Flexibilidade frente a situações imprevistas;
       Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
       Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

     Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas, etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.



“A ação de planejar não se restringe ao simples preenchimento de formulários para o controle administrativo; é antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas, ou seja, a problemática socioeconômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino-aprendizagem”. (LIBÂNEO)

Reflexões sobre Avaliação

       A avaliação escolar é uma espécie de termômetro que permite verificar e confirmar o estado em que se encontram os elementos envolvidos no contexto educacional.
     De forma geral, a avaliação causa desconforto tanto por parte dos alunos quanto dos professores. Os alunos se sentem vítimas desse processo discriminador e seletivo, já os professores enfrentam um dilema: ou aceitam o caráter conservador que transforma a ação avaliativa num instrumento de repressão e coerção, ou encaram o desafio de transformá-la num mecanismo de libertação que visa o autoconhecimento e o mútuo entendimento.
    A avaliação escolar enquanto um todo e a avaliação do ensino-aprendizagem em específico estão delimitadas pela teoria e pela prática que as justificam. Contudo, essa constatação reforça o entendimento de que "a avaliação não se dá, nem se dará num vazio conceitual, mas sim dimensionada por um modelo teórico do mundo e da educação, traduzido em prática pedagógica". (LUCKESI)
    A avaliação do ensino-aprendizagem deverá estar voltada para a transformação, deverá funcionar como um instrumento de libertação do educando, visando a superação do caráter seletivo e discriminador que permeia a prática avaliativa de grande número de professores. Entretanto, a função classificatória da avaliação que objetiva a promoção e/ou reprovação do aluno ainda tem um peso relevante no cotidiano das escolas e, portanto, torna-se necessário redirecionar os princípios que orientam esta prática.
   O professor deve utilizar as atividades de avaliação para realizar um diagnóstico constante sobre as dificuldades e progressos do educando, tendo em vista o acompanhamento efetivo de seu processo de construção do conhecimento, de forma a garantir-lhe uma sólida formação teórico-científica, condição necessária à sua participação crítica e criativa no mundo da cultura, do trabalho e da cidadania.
    Nesse processo, o professor assume o papel de mediador, no sentido de possibilitar que haja condições e meios para que se estabeleça a relação cognitiva entre o aluno (sujeito da aprendizagem) e o objeto do conhecimento (matérias de ensino).
    O ato de aprender é aqui um ato de conhecimento que se dá através de representações mentais dos fenômenos da natureza e da sociedade.
    É um processo ativo que requer uma interação constante entre o sujeito que quer conhecer e as matérias de ensino. Dessa forma, as matérias de ensino se tornam objeto de conhecimento pela relação concreta que o aluno estabelece com elas. Libâneo, ao explicar como se dá esse processo, afirma: "Há uma atividade do sujeito em relação aos objetos de conhecimento para assimilá-los, ao mesmo tempo, as propriedades do objeto atuam no sujeito, modificando e enriquecendo suas estruturas mentais. Por esse processo, formam-se conhecimento e modos de atuação pelos quais ampliamos a compreensão da realidade para transformá-la, tendo em vista, necessidades e interesses humanos e sociais." (LIBÂNEO)
    Uma prática de avaliação baseada nesta concepção de ensino e de aprendizagem, exige do professor a capacidade de organização do ensino, no sentido de converter os conteúdos em desafios para o aluno, de forma a conscientizá-lo para a superação de suas dificuldades e a avaliação, nesta perspectiva, assumindo o papel de identificação dessas dificuldades será um recursos valioso neste processo de superação.
    Para que haja um firme posicionamento dos objetivos do professor diante a condução desse processo, ele deverá determinar POR QUÊ, O QUÊ, QUEM, QUANDO e COMO avaliar.
   Queiramos ou não, a avaliação é uma potente arma que pode destruir ou construir. Avaliação e aprendizagem são indissociáveis e pressupostos básicos para o sentido da vida.

Artigo sobre Avaliação:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem. Disponível em: http://www.tantaspalavras.com.br/media/pagina/2008/filename42.pdf  Acesso em: 08/05/2011.

domingo, 1 de maio de 2011

Reflexão sobre o curta "Velha História"


O curta “Velha História” nos comove por sua delicadeza e profundidade, podendo ser analisado em vários ângulos:

1) O valor da amizade, a convivência, a cumplicidade existente entre eles, nos faz refletir enquanto educadores. No processo educacional, a interferência é mútua (aluno-professor; professor-aluno) e a troca de experiências constante. Não podemos anular as experiências de nossos alunos, impondo-lhes valores, crenças, mas aprender a valorizá-las, em oposição ao filme.

2) O ser humano em conflito consigo mesmo (solidão), estabelece relações interpessoais com os animais que o cercam. Com isso, ele quer impor certos hábitos e atitudes pertinentes ao homem, que de certo modo, desumaniza o animal e o torna objeto de seus desejos. Foi o que aconteceu com o peixinho. O homem lhe impôs seus costumes e hábitos, que ao ser levado ao seu antigo habitat o peixinho não conseguiu mais viver.

3) O curta nos faz analisar as múltiplas possibilidades de relacionamentos. O animal mais comum no relacionamento com o homem é o cachorro. Às vezes, é difícil acreditar na amizade entre um homem e um peixe, que por sua vez, vive fora d’água. Mas, é instigante analisar a atitude do homem para com o meio, principalmente o poder da domesticação.

4) A relação estabelecida entre o curta e a EAD deve-se ao fato de que o ser vivo tem seu próprio espaço para se desenvolver e, que se for retirado desse espaço (no caso da educação presencial), precisará se adaptar ao novo meio, mudando sua natureza. Com o advento das novas tecnologias o homem foi “forçado” a se adaptar, a fim de permanecer ativo.

5) Muitas vezes, o estudante de EAD pode se sentir solitário como o homem do curta ou o próprio peixinho fora d’água, mas cabe a ele tentar adaptar-se, pois a tecnologia veio para nos auxiliar e diminuir distâncias, e a própria EAD nos ensina isto. Mas, quem nunca se sentiu assim? Creio que todos já passaram por experiências semelhantes. Contudo, elas nos fazem crescer.

É simplesmente fabuloso, magnífico, lindo – animação, música, narração, o texto de Quintana! Confiram!

sábado, 30 de abril de 2011

Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro

         
        Os Setes Saberes Necessários à Educação do Futuro foi solicitado pela UNESCO, no ano de 1999, ao filósofo Edgar Morin, sendo um conjunto de Diretrizes voltadas para a melhoria das práticas pedagógicas do século XXI. Na verdade estes saberes mostram os setes buracos negros da educação, precisam ser então repensados por todos os educadores, que prezam uma educação eficiente e de alta qualidade.

        Primeiro Saber – As Cegueiras do Conhecimento: Erro e a Ilusão, o ensino proporciona o conhecimento, assim devemos primeiramente ensinar para o educando o que é o conhecimento e que este comporta o erro e a ilusão, influenciados pelas diferenças culturais, sociais e de origem, como também por sentimentos afetivos entre outros.

        Segundo Saber – Os Princípios do Conhecimento, pertinente, um erro comum dentro da educação é fragmentar o saber, o conteúdo, o conhecimento agora é hora de aprender a unir e interagir os saberes, pois o conhecimento isolado não é suficiente para mudar o todo, é preciso haver interação entre os saberes.

        Terceiro Saber – Ensinar a Condição Humana, o educando precisa aprender o significado de Ser Humano, que é a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. A educação para ser eficaz precisa focar a condição humana e trabalha – lá nas diversas disciplinas.

        Quarto Saber – Ensinar a Identidade Terrena, mostrar que fazemos parte de uma comunidade planetária e que é preciso respeitar o universo, formando cidadãos conscientes, que visem à sustentabilidade do planeta.

        Quinto Saber – Enfrentar as Incertezas, ensinar ao educando a existência das incertezas, do inesperado, do imprevisto, pois não podemos ter somente certeza nas ciências, o que por sua vez impediria o avanço do saber.

         Sexto Saber – Ensinar a Compreensão, somos uma mesma humanidade que segue o mesmo destino, o planeta necessita de educação voltada para a compreensão de todos, ou seja, devemos compreender uns aos outros.

         Sétimo Saber – A Ética do Gênero Humano, não desejar para os outros, aquilo que não quer para você, trabalhar o individuo, a sociedade e a espécie mostrando que são interligados, que não podemos separá-los.

          Após analisarmos os Sete Saberes constatamos que todos são importantes, para o direcionamento da educação, mas o Sexto Saber: Ensinar a Compreensão, leva os educadores a refletir a importância de ensinar a compreender uns aos outros, para mudar a realidade dentro da sala de aula. É preciso que todos estejam unidos, ensinando aos jovens que somos indivíduos que vivemos coletivamente e precisamos conviver para sobreviver, devemos respeitar o outro, compreender o outro, não julgar, conhecer e respeitar o próximo. A realidade da sala de aula assustam os educadores, os jovens tem que ter limites, e a compreensão é meio para se alcançar o objetivo de uma educação eficaz.

Os Documentos Oficiais da Educação Brasileira



Quando, em 1997, o MEC fez chegar às escolas os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1ª à 4ª séries e no ano seguinte os de 5ª à 8ª séries, grande alvoroço ocorreu dentro das escolas e nos meios acadêmicos. Na escola, professores angustiados e ansiosos, viam nos PCNs um rumo no seu trabalho pedagógico que muitas vezes se perdia nas problemáticas do cotidiano escolar. Nos meios acadêmicos, professores e pesquisadores das mais diversas áreas o viam, no mínimo, como suspeito, por se tratar de uma proposta governamental imposta pela política neoliberal.
           Na escola, a euforia dos educadores se deu, sobretudo, pelo vislumbramento de, independente da especificidade de cada disciplina, poderem ser abordados temas do cotidiano que contribuiriam para a formação do cidadão. Assim, professores de língua portuguesa, matemática, história, geografia, educação física entre outros, poderiam e deveriam além dos seus conteúdos específicos abordar como tema de suas aulas, questões de ética e cidadania, saúde, meio ambiente, orientação sexual, pluralidade cultural, trabalho e consumo. Estes tópicos enfocados pelos PCNs como temas transversais levariam o educando a uma consciência de ser e estar no mundo, fazendo-o agir como sujeito no mundo, reforçando a formação de uma cidadania responsável.
           Nos meios acadêmicos, inúmeros críticos teceram críticas aos PCNs, denunciando o caráter político ideológico contido em suas propostas. Talvez a mais incisiva delas tenha sido a organizada pelo Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, em 1997, intitulada "Educação Física Escolar Frente à LDB e aos PCNs: Profissionais analisam renovações, modismos e interesses".
           O grupo do CBCE tacha os PCNs de reacionário considerando a proposta de educação apresentada pelos mesmos. Em linhas gerais, resgata a denúncia de Apolônio Abadio do Carmo feita dez anos antes, onde a tendência reacionária "Acredita ser a escola uma instituição que deva zelar pela manutenção da transmissão do saber não importando qual, tudo em benefício do aluno e da sociedade, sem questionar, também, que aluno e que sociedade" (CARMO in OLIVEIRA, 1987, p. 41). Entendem os PCNs como uma imposição governamental e que a proposta, antes de ser educacional é neo-liberal, com o claro propósito de atender as exigências do capital internacional.
            Referendam sua oposição aos PCNs com as determinações do I Congresso Nacional de Educação: "Somos do parecer de que os Parâmetros Curriculares Nacionais sejam rejeitados para qualquer âmbito no campo educacional para atenderem às necessidades pluri-culturais da sociedade brasileira e por desconsiderarem as iniciativas dos educadores que reconhecem e valorizam as diversidades sócio-econômicas, regionais e culturais da comunidade atendida, sobretudo no âmbito da escola pública" (CONAD, 1996).
             Os PCNs definem a função social da Escola como a inserção dos jovens no mundo do trabalho através da apropriação e resconstrução crítica e construtiva dos conhecimentos socialmente produzidos. Taffarel critica esta função por não questionar o mundo do trabalho capitalista nem contribuir, segundo ela, para "formar um novo homem para construção da sociedade socialista" (p.39). Nos parece ingênuo pensar desta forma pois não faz parte de nenhum projeto político, nem mesmo dos Partidos de esquerda, a construção de uma sociedade socialista, ainda mais se tratando do PSDB/PFL e do Governo neo-liberal de FHC. Um país capitalista como o Brasil, subserviente ao capital internacional, só poderia conduzir a sua política educacional neste sentido: deste modo capitalista de pensar e fazer pensar. Segundo Costa, "Não podemos esperar uma mudança na educação, uma ‘reforma’, como tantas outras promovidas pelo estado. Sendo a escola um prolongamento da sociedade, a educação só mudaria com a transformação social, e por motivos óbvios, espontaneamente, ela nunca mudará. Para as classes no poder, mudar poderia significar a perda do poder, a perda de privilégios" (1995, p. 235).
            Em primeiro lugar, atribuímos ao fato das escolas particulares terem ampliado a carga horária diária, 6 ou 7h/a, e anual, 200 dias letivos, com vistas a atender aos programas de vestibulares seriados e convencionais. Em segundo, atribuímos ao aumento significativo da oferta de cursos superiores em faculdades particulares e, conseqüentemente, a possibilidade de ingresso no 2º semestre letivo através de ‘vestibulares’.
           Acreditamos que esta distorção esteja respaldada no art. 24 da LDB que trata das “regras comuns” a “organização da educação básica, nos níveis fundamental e médio” especificadas em sete incisos e respectivas alíneas. da frequência mínima de setenta e cinco por cento para aprovação, ou seja, na prática bastará ao aluno provar que estava freqüentando a escola, subtendendo-se que não precisará obter aprovação de resultados na escola caso tenha passado no processo seletivo das referidas faculdades.
           Neste ponto seria interessante a discussão sobre os avanços decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases que abriu possibilidades para que as escolas assumissem seus destinos e, em especial, às escolas de Ensino Médio, pois conferiu uma nova identidade ao Ensino Médio e por sua vez ressaltar o art. 35 expõe o que se entende por ensino médio e sua duração: “etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos” e define as finalidades que devem direcionar o ensino médio: “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos” (inciso I), “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores” (inciso II), “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico” (inciso III), e “a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina” (inciso IV).

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Análise do Vídeo "O saber e o sabor"


                                           

      No documentário "O saber e o sabor", vários educadores, entre outros (Terezinha Azeredo, Rubem Alves, Zilda Arns, Madalene Freire, Maria Helena Silveira, Ubiratan D'Ambrosio, Maria Amélia Pereira), discutem a educação de modo em geral, e falam sobre o papel da mesma no mundo contemporâneo marcado pelas tecnologias.
       "Educar não é ensinar respostas, mas aprender a contornar desafios". A escola deve favorecer o espaço de cada um, induzindo a criatividade, a imaginação, o sonho. À medida que extraimos o conhecimento de dentro para fora, construimos a educação transformadora. 
       O foco da educação deve ser sempre o "aluno". O papel do professor, como o adulto da situação, é muito importante, porém, o aluno também participa ativamente do seu processo de aprendizagem, utilizando sua experiência no contexto social para confrontá-la com os conteúdos apresentados pelo professor.
       O filme é uma verdadeira aula de Didática. Revela os métodos marcantes desenvolvidos por professores comprometidos com a educação. O professor que ousa, que provoca e contorna desafios, é, sem dúvida, o que deixa marcas registradas no aluno sábio.
        Roland Barthes resumiu o sentido de ficar sábio: "Nada de poder, um pouquinho de SABER; e o máximo possível de SABOR".